Crime contra a vida (All lives matter)

Uma denúncia ainda…

São preferíveis os autarcas que nada fazem, pois os que fazem só para mostrar serviço, só para conquistar o voto do zé da esquina, mais valia estarem quietos, pois praticam crimes, ainda que legalmente permitidos, socialmente normalizados.

Nem é uma questão partidária. No caso particular em apreço, o partido até é o mesmo. O Dr. Rosa era acusado de nada fazer pelo parque urbano, ele apenas deixava as plantas viver e florescer. Depois veio a Dra. Lima e lixaram-se bem as plantas, podadas o ano todo (até no Verão, como se pode ver na foto). Neste bairro de toponímia arborícola, não há registo de tanta destruição do património biológico em tão pouco tempo. Uma hecatombe silenciosa. Ninguém quer saber. Na verdade, são os cidadãos que pedem as podas agressivas: tiram-lhes a vista, incomodam-os a queda outonal das folhas sobre os carros, são alérgicos ao pólen, inventam todo o tipo de desculpas para reclamarem a morte do que vive. Em breve, restará apenas o nome do bairro e alguns palitos raquíticos a que só por eufemismo se pode chamar de árvores. As alergias, os vírus, as pandemias, não diminuirão, pelo contrário, destruindo os grandes sistemas radiculares e rizomáticos (que se interpenetram na Natureza), pântano e deserto alastrarão, os quais têm em comum as areias movediças, não mais consolidadas por florestas vivas. Qual a causa? Autarcas servis do infantilismo criminoso a que se resolveu chamar direitos de cidadania. Reclamar o corte de árvores ancestrais é crime, tal como seria pedir para cortar braços e dedos a anciãos humanos. É preciso libertar os outros seres vivos dos nossos caprichos e desvairios que os impedem de viver. É preciso dizer não ao vampirismo da espécie dita humana.

Alguma vez tinha de ser

O que enfim ditará o fim, não será, nem desmotivação, nem falta de tempo, nem carência de verve, mas impeditivos técnicos. Também tu, WordPress?! Bloqueio atrás de bloqueio?

E não, não é um problema do meu computador, mas de milhares e milhares de utilizadores, que por não terem a versão eleita do browser, foram muito recentemente barrados de aceder a certos sites (note-se, sites que até então acediam sem dificuldade). Talvez tenham clientes a mais e queiram filtrar?

Quando as tendências mudarem, talvez volte, quem sabe. Ainda há esperança que uma mente brilhante desenvolva um código mais democrático que a todos permita navegar (como o promissor “extended kernel” para sistemas operativos retro).

Por enquanto, irei engrossar a fileira dos info-excluídos, a partir do momento em que a Internet se privatizou e é agora um meio apenas para alguns, quando os browsers e as plataformas entraram nesta loucura das incompatibilidades, e nada mais funciona.

Nem a pesquisa do Google serve mais para encontrar seja o que for que se procure, só devolve o que é patrocinado, ou a errata semântica da keyword introduzida (não, Google, o ser vivo sabe melhor o que busca do que o estúpido algoritmo).

Até pode ser profícuo o retorno a um mundo menos digital, menos electrificado, menos online – mais desalinhado, real, atmosférico.

“A vida não é aqui”…

Sing cuckoo

“Sumer is icumen in”, c. 1260.
A round or rota (also called a perpetual canon [canon perpetuus] or infinite canon) is a musical composition in which a minimum of three voices sing exactly the same melody at the unison, and may continue repeating it indefinitely, but with each voice beginning at different times so that different parts of the melody coincide in the different voices, but nevertheless fit harmoniously together.

“Sumer is icumen in”, the earliest surviving complete English secular song, sung with all 6 voices indicated in ms. Harley 978, c. 1250. This version restores the notes changed by a later scribe, with the effect of reinstating a striking cascading cuckoo call, missing in the amended version usually sung.

«Sumer is icumen in
Lhude sing cuccu
Groweþ sed and bloweþ med and springþ þe wde nu
Sing cuccu
Awe bleteþ after lomb
Lhouþ after calue cu
Bulluc sterteþ
bucke uerteþ
Murie sing cuccu
Cuccu cuccu
Wel singes þu cuccu ne swik þu nauer nu

Pes: Sing cuccu nu Sing cuccu
Sing cuccu Sing cuccu nu»

[Summer has come in
Loudly sing cuckoo
Seed grows, meadow blossoms and the wood springs up now
Sing cuckoo
Ewe bleats after lamb
Cow lows after calf
Bullock leaps
buck [stag or billy goat] farts
Merry sing cuckoo
Cuckoo cuckoo
Well sing you cuckoo don’t cease you ever now

Foot: Sing cuckoo now Sing cuckoo
Sing cuckoo Sing cuckoo now]